terça-feira, 16 de dezembro de 2008

# Parte 1

# Parte 01 .

Amor

Quando o amor vos chamar , segui-o apesar do caminho ser duro e ingreme .
E quando suas asas vos envolverem , abraçai-o , apesar da espada escondida entre suas penas poder ferir-vos .
E quando ele falar com você acredite nele , apesar de sua voz esfacelar vossos sonhos , assim como o vento do norte arruinando o seu castelo .
Pois mesmmo quando o amor vos coroa , ele vos crucifica , ele também vos poda .
Mesmo quando ele chega à vossa altura acaricia vossos ramos mais tenros que tremem o sol ,
ele tb desce a vossas raízes e abala a vossa ligação com a terra .
E depois ele vos desgna ao fogo sagrado , para que se torne puro .
Mais se por medo buscardes a paz do amor e o prazer do amor , é melhor que cubrais vossa nudeze que passeis da eira do amor .
Para um mundo sem estações onde rireis , mais não todo vosso riso . e chorareis , mais não todas vossas lágrimas .

Filhos .

Vossos filhos não são vossos filhos .
São os filhos e as filhas do desejo da vida por si mesma .
Eles vêm através de vóz , mais não de vós , e apesar de estarem convosco , não pertencem a vós.
Podeis dar-lhes vosso amor , mais não vossos pensamentos . Porque eles ja têm seus próprios pensamentos .
Podeis Abrigar seus corpos , mais não suas almas . Pois suas almas vivem na casa do amanhã , a qual vós não podeis visitar , nem mesmo em vossos sonhos .

Doar .

Doais pouco quando doais vossas posses .
Só quando doais a vós mesmos é que doais verdadeiramente .
Pois que vossas posses além de coisas que mentendes e guardais por medo de precisá-las amanhã ?
E amanhã, o que trará o amanhã ao cão excessivamente prudente que enterra ossos na amplidão do deserto ao seguir os peregrinos para o eterno ?
Há aqueles que dão pouco do muito que possuem - e eles doam em busca de reconhecimento e é o desejo secreto que torna suas dádivas corruptas .
E há aqueles que têm pouco e doam tudo .
Estes são os que acreditam na vida , e seus cofres nunca estarão vazios .

Releitura do livro . O Profeta de Khalil Gibran

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